Conversa de manas


É estranho... é sentirmos que as pessoas mais próximas são aquelas que são mais fáceis de te julgar...

Acordei cedo, vontade de caminhar, andar, correr... vontade de ir para aquele lugar que eu adoro todos os dias!
Mas, depois de ir à procura da companhia, passei a minha manhã enfiada no carro e no C.C. e a vinda para casa, uma "discussão". 

A pergunta foi, enfim, primeiro, a conversa acabou por ir com a facilidade das pessoas se darem bem na vida, em terem tudo sem qualquer sacrifício, e serem quase umas "putas com sorte", finalizei com o discurso de não ter tido muitas oportunidades na vida para me vincar e para estar melhor do que estou...

Mas eu tenho a consciência, do que sou como mulher, o que valho profissionalmente, o que tenho sido como mãe, e o que consegui como adulta, por ser realista, julgam me com falta de humildade.
Acha que me escondo num feitio frio e fechado, e opina no facto de ter que agradecer pelo "o saco de batatas" que eu tenho, e quando tenciono mais uma vez retirar o rótulo que me colocam, diz me que sou como os povos de antigamente, que não aceitam e que não querem mudar....enfim, limitei me a ficar no meu silencio, no meu mundo, na minha bola onde consigo me compreender tão bem.

Não posso admitir que me julguem quando tenho consciência,e se não ser sorridente é falta de humildade, peço desculpa por não ter um palito que me obrigue a estar sempre a sorrir e a fingir quem não sou.

Poderia aqui nomear não cinco, mas muitas coisas maravilhosas que eu tenho, e agradeço por isso, confesso no meu consciente agradeço particularmente todos os dias ao meu podre por não me falhar e chegar sempre ao posto de gasolina quando ele esta com sede, em levar me todos os dias a trabalhar e poder buscar todos os dias quando me compete o meu piolho, e chegarmos sãos e salvos a casa, este sim é algo que eu agradeço do fundo do coração...

Agradeço ao meu trabalho que bem ao mal facilita me a minha vida e não me se opõe nas minhas decisões, ajuda me sempre que estou em apuros e deixa me ser EU, falo na minha loja, no meu lugar que eu fiz crescer, mas mesmo não aceitando o que eu tenho para eles (empresa) e mesmo sabendo que estou no meio de uma empresa completamente preconceituosa, eu não deixo de acreditar que eles poderão mudar e que me dêem oportunidade de ser alguém importante.

Não tenho que agradecer no FB, não tenho de dar beijos e abraços, #sorrisos e sorrisinhos, não tenho de encher chouriços com conversas fúteis, não tenho simplesmente de ser o que não sou quando o agradeço silenciosamente para mim, comigo e para quem me dá força para continuar todos os dias a crescer e a conseguir ultrapassar todos os meus obstáculos da minha vida, as vezes sinto me uma falhada, não por ser, mas sim pelo o rótulo que me colocam e as vezes fazem me acreditar que sou uma pessoa com um fundo mau e negativo, mas eu sei que não o sou, a falta de confiança é um à parte e se atrás desse problema trago maiores, talvez.... mas não é com conversas de encher chouriços que eu tenciono mudar, porque na verdade aqui não se coloca o caso de mudar, mas sim acreditar em mim, é um click que está tão perto do meu tico e teco, que eu no fundo sei o meu valor, e no fundo orgulho me tanto de ser assim como sou...Obrigada a mim, a guerreira que está cá dentro, que em um ano viu a vida de princesa a desmoronar se e mesmo assim aguentaste firme e hirte no teu refúgio, não deixando de dar ao piolho os bens essenciais que ele precisa e isso agradeço a força que está cá dentro, a minha mente que me ajuda a solucionar ocasiões...

E pronto resumo aqui o que poderia ter lhe respondido, mas não sei se esta resposta tem humildade suficiente para mostrar lhe que não sou o que me pintam, mas como também não preciso de mostrar nada a ninguém a não ser a pessoa que amo de coração, mostrar lhe todos os dias como é importante sentir se importante.. .mostrar lhe todos os dias que um abraço é tão importante, aquele toque, que me faltou todos os dias da minha infância, e que a ele tenciono que nunca lhe falte... em nenhum momento da vida dele!



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