Natal #1

Trimmm…triimmmm

Chegou às horas que imagina… Onze horas, eu já estava pronta desde das oito, com a mensagem recebida da mana, estávamos as duas ansiosas da sua chegada…

Parecíamos duas crianças, parecia que seriamos nós a abrir aqueles presentes.
Confuso como sempre, não consigo perceber como num dia especial têm coragem de manda lo daquela maneira, deixa me triste e se a auto estima depende da nossa imagem, eles acabam com a dele sempre que podem usufruir da sua presença, parecia um maltrapilho, sem falar de como é que ele veio com a pele…

O que queria é que ele abrisse as prendas, mas não resisti e coloquei o na banheira, foi quase um dois em um, um pouco a fazer tempo até a tia aparecer, e preparar lhe para sair bem nas fotografias quando estava abrir os seus presentes, para que ele se sentisse bem….

Não resistia em contar tudo o que lhe revoltou durante toda a semana, cada palavra cada espeto no meu coração, sentir que não só me afectam mas agora também o fazem com ele, tentei que fosse rápido o banho, que pensasse em coisas boas, contei lhe como tinha sido o meu Natal, procurei saber o que o PAI NATAL lhe trouxe, e naquele momento surpresa em saber que tinham lhe comprado o que eu também lhe tinha comprado, prometeram lhe o que eu procurei em dar lhe, depois deram lhe o exagero de brinquedos que não há qualquer explicação.

Senti que procuraram dar lhe tudo, para que as minhas prendas fossem apenas prendas, deixassem de ser importantes e de ter o mesmo interesse que as dele, mas o que se esqueceram é que mais que prendas existe o amor, existe o toque, existe o carinho e isso nenhum bem material consegue substituir.

Vesti lhe, cobri lhe de hidratante e a tia chega, eufórica, ansiosa dele abrir as prendas.
Mesmo sendo óbvio de ele adivinhar o que iria receber, o importante foi sermos originais e preocuparmos nos em saber se ele iria gostar…

Amou como eu esperava.

Mas não conseguiu perceber que como o PAI N ATAL conseguiu dar lhe tudo o que ele pediu, se a crise também passa pelo os presentes.

O importante para ele era estar com a família, com as pessoas que ele gosta. Palavras vindas pela pequena boca, ditas pela voz carinhosa e aquele olhar meigo, quando digo que ele é diferente, pensam por eu ser mãe é normal que fale assim, a verdade é que mesmo sendo pequeno ele consegue marcar a diferença…

E essa diferença viu se hoje…

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